No dia 1 de agosto, por volta das 21 horas, o jovem Paulo Henrique Justino Gomes, 19, pôs fim à própria vida e deixou a família abalada. O rapaz foi encontrado pelo padrasto pendurado pelo pescoço, por uma corda amarrada ao madeiramento de uma dispensa, nos fundos da casa onde morava no Setor Montes Belos. Além do padrasto, a mãe e única irmã da vítima ficaram em choque com a tragédia.Uma equipe do Samu foi acionada e chegou rápido ao local, mas quando chegou a vítima já estava sem vida. Duas equipes da Polícia Militar preservaram o local dos inúmeros curiosos que se aglomeraram nas imediações, até a chegada o IML, de Iporá, que recolheu o corpo no início da madrugada de ontem, dia 2.
De acordo com mãe, Maria Eliane da Costa, o filho, era usuário de drogas e estava depressivo ultimamente. Ela afirma que Paulo Henrique vinha tentando, sem sucesso, se livrar do vício há um bom tempo. Ela conta que ele entrou no mundo das drogas quando ainda tinha 13 anos de idade. A maconha foi a porta de entrada. “Meu filho queria sair desse inferno, mas não conseguiu ajuda de ninguém”, disse a mãe.
Revoltada com o tráfico de drogas, ao qual a mãe atribui a tragédia, Maria Eliane frisa que buscou ajuda no poder público municipal para livrar o filho do vício, mas que foi em vão. “Estive na ação social, mas só me deram um endereço pra eu procurar em Goiânia. Não me deram nenhuma assistência e o resultado está ai, meu filho morto por causa do vício”, desabafa.
A mãe conta também que toda a família sofria com o vício do filho. Segundo ela, Paulo Henrique ficava muito agressivo quando não consumia a droga. “Só depois que ele usava esse inferno é que ele se acalmava”, conta a mãe, que lembra ainda das dificuldades que passou para ajudar o filho. “Como nós lutamos para livrar ele desse inferno. Chamo a atenção das autoridades de São Luís para combaterem esse mal que acaba com as nossas famílias”, cobrou ela.
O sofrimento e angústia da família só aumentaram com a demora na liberação do corpo da vítima pelo IML. Segundo Maria Eliane, o corpo do filho deverá chegar a São Luís somente às 14 horas do dia de hoje, 2. Ou seja, 14 horas depois de ter sido recolhido. “Isso é o maior absurdo, pra não dizer um descaso com o cidadão e falta de respeito com a família”, disse um familiar.
O caso de Paulo Henrique é um claro exemplo do mal que a droga causa na pessoa. A dependência química tira a razão e a noção do ser humano. Apesar da pouca idade, segundo a família, o rapaz era viciado em crack.
Fonte: Edivaldo Oliveira - A Voz do Povo/ S Luís de Montes Belos GO
