Delegado Waldir Soares, hoje no PSDB, é o pré-candidato para assumir a Prefeitura de Goiânia. Ele falou com EXCLUSIVIDADE ao Goiás m Notícias.com em entrevista ao editor João Carlos Barreto. Com muita tranqüilidade e sempre falando francamente, Waldir concedeu a entrevista durante visita que fez ao Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (SINPEFGO), na tarde do dia 23/02/16.
João Carlos Barreto – Delegado Waldir, como o senhor está vendo a questão da Segurança em Goiás e especificamente em Goiânia, uma vez que o senhor é pré-candidato a prefeito?
Delegado Waldir Soares – Na verdade nós não podemos falar de segurança pública, mas de insegurança pública. Goiânia 20ª e Aparecida de Goiânia 29ª cidades mais violentas do planeta. Então, isso nos assusta, assusta meus filhos, assusta minha família, assusta a sua família. Isso é vergonhoso, os precisamos de pessoas que assumam a autoridade, ganham por isso e que assumam a responsabilidade pelo problema que nós vivemos hoje. Não podemos fazer Segurança Pública detrás de mesa, temos que ir atrás dos problemas para resolvê-los.
Recentemente foi criada uma Central de Flagrantes, tirando a polícia dos bairros e trazendo para um único local. Como que o pessoal mais humilde, que mora em Goiânia ou região metropolitana, vai registrar ocorrência à noite, de madrugada, se foi roubado em sua casa e não tem dinheiro nem pro Vale-Transporte. É vergonhoso. Nós temos feito essas criticas ao Governo do Estado. Em relação a Goiânia, nós precisamos fazer uma revolução. Precisamos criar, reinventar Goiânia em termos de Segurança Pública. É responsabilidade, hoje, também do prefeito, cuidar da Segurança Pública.
Faremos uma Secretaria de Segurança Municipal, o Estado tem que contratar mais policiais, o município tem que contratar mais policiais para devolver a segurança ao cidadão. Hoje é a principal preocupação da sociedade.
JCB - O senhor já afirmou que é pré-candidato a prefeito e não abre mão. E o partido, o senhor já tem?
Waldir – Sou pré-candidato a prefeito: 100% de possibilidade. Dia dois de outubro o cidadão vai poder escolher Delegado Waldir como prefeito de Goiânia. Vamos dar a ele essa possibilidade. Não definimos o partido ainda, mas isso é o de menos importância. O que o cidadão quer é nomes. Qual é o nome que pode resolver os seus problemas? Devolver o seu direito de ir e vir? Excelência no Serviço Público? Transporte e serviços de qualidade? Saúde Pública? É isso que o cidadão quer, quer que se resolva o problema. Eu gosto de abacaxis e administrar Goiânia, amanhã, vai ser muito bom descascá-la.
JCB – o senhor já teve algum assédio de algum partido, já ofereceram alguma vantagem?
Waldir – Dezenas de partidos têm me procurado. Eu não sou candidato pelo PT, não sou candidato pelo PMDB nem pelo PSDB, partido que tem coronel eu estou fora. Então vou procurar outra linha de conduta, um partido que me respeite e que seja leal, onde as pessoas tenham palavra e cumpram compromisso.
JCB – O senhor fala da Segurança que é a sua área, mas e com relação à Saúde que também está ruim, educação, habitação, etc. O senhor vai dar um choque de gestão em Goiânia?
Waldir – Nós vamos reinventar Goiânia. Algumas pessoas conhecem o Delegado Waldir como delegado, mas o Delegado Waldir já foi professor, conheço de Educação; fui auditor fiscal, eu conheço da área tributária do município; fui comerciante, então conheço a relação do empresariado com a Prefeitura, e você não faz uma prefeitura sozinho, nós vamos ter vários gestores. Queremos reinventar Goiânia. Conversando com um amigo ele disse: “Delegado, por que você não cria a Subprefeitura?” Pois já está no nosso plano de governo. Vamos criar as Subprefeituras, dividir a responsabilidade com os gestores, quem não for competente que vai buscar seu chapéu em outro lugar. Nós precisamos de gente que trabalhe no município.
JCB - O senhor está na Comissão de Segurança do Congresso Nacional, qual a novidade que nós podemos passar para as pessoas?
Waldir – Podemos falar que hoje a Comissão de Segurança Pública está travada. Daqui até 2018 pouco se vota na Câmara Federal. Na Comissão de Segurança existe uma bancada grande de delegados, de agentes, de policiais militares e alguns avanços que poderiam acontecer como Ciclo Completo, nada vai ser discutido, considerando que existe uma grande guerra nos bastidores internos.
JCB – Como o senhor vê a situação do presidente de Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), e da Presidente Dilma (PT), eles caem ou não caem?
Waldir – Na verdade não deveriam cair, deveriam ir para a cadeia. Eu penso que mais dia, menos dia, isso vai acontecer. Quem está próximo é o Lula, outro que está na fila é o Cunha e a Dilma vai chegar a hora dela.