Já
faz algum tempo que a imprensa estadual e até nacional denunciou os casos de
estupro das crianças e jovens meninas kalunga no município de Cavalcante.
Fizeram um bom trabalho e...pronto.
Quando
estie visitando a região com amigos, fui procurado por pessoas que confirmaram
as denúncias e se mostraram indignadas com a impunidade que estava se desenhando
com o passar do tempo e nenhuma ação efetiva estava sendo percebida. Por
conveniência para os criminosos, o tempo está passando sem que nada seja,
efetivamente, feito para se chegar a Justiça.
Políticos
e instituições estaduais já foram até lá sabendo dos acontecimentos, dos crimes
cometidos, mas o que fizeram foi apenas proselitismo político e social. Os
estupradores continuam por lá, livres, leves e soltos.
As
vítimas cultivam o medo e a insegurança com a impunidade. Muitas já desistiram
e pediram a retirada das denúncias pelos mais variados motivos, sendo o mais
óbvio: o medo de represálias dos estupradores.
Tenho
mais de 30 anos de jornalismo, muitos deles no jornalismo investigativo. Na
minha época, o jornalista denunciava o fato e acompanhava o caso até o desfecho
final. Quando aquelas pessoas me procuraram para confirmar a situação de crime
e previsão de impunidade, buscavam apoio, esperança de justiça, cobrança social
contra a morosidade conveniente que com o passar do tempo deságua no câncer da
impunidade.
Estou
fazendo o meu papel profissional à moda antiga: Vou acompanhar e opinar, sim,
para que haja Justiça célere e eficiente, com ampla defesa dos réus e que os
culpados paguem por seus crimes na forma da lei. Nada mais, nada menos.
Alguns
podem até pensar que devido à proximidade das eleições que serei candidato a
cargo político. Não, não sou candidato. Já até tentei, mas passou. Não penso
mais nisso.
Saibam
que não vou abandonar o caso, conclamo as autoridades locais e estaduais para
que cumpram seus deveres institucionais, apenas isso.

