Na 14ª parada LGBT – movimento gay e agregados – que aconteceu no Rio no dia de finados, levou para as ruas mais de um milhão de pessoas. Movimento menor que o do ano passado e segundo entrevistados para a Rádio CBN o motivo foi a chuva – possivelmente estragaria muitas lantejoulas paetês das ornamentações festivas.
Advogo que devemos tolerar democraticamente essas manifestações, pois não concordo com a homofobia, mas também acho que se cometem muitos excessos nessas “paradas”. Excessos com beijos escandalosos entre iguais e outras atitudes que não deveriam ser impingidas, a força, para dentro da sociedade tradicional. Uma vez que o direito de um acaba quando começa o de outro. Tem muita gente, famílias e principalmente crianças, que não precisam ser expostos a certas cenas de libertinagem com libidinagem.
Mas o fim da picada no finados, ainda de acordo com a CBN, o prefeito carioca, Eduardo Paes, disse que para o próximo ano vai injetar a quantia de R$800 mil para a Parada Gay em Copacabana. Será que esse dinheiro não seria melhor aplicado em outras atividades sociais e culturais de âmbito mais geral?
Para colocar esse dinheiro na Parada Gay, dinheiro público dos cariocas, o mesmo valor deveria ser colocado nos eventos de negros, das comunidades dos morros, dos sambistas, dos evangélicos, católicos, muçulmanos e budistas, dos motociclistas, dos desfiles da SARCA no Centro da Cidade, dos Criadores de Canários Belga, etc?
O Governo Municipal teria de injetar verba geral, o que é bem provável que não aconteça. Sendo assim, que cada um cuide das despesas de seus eventos, lógico com apoio estrutural mínimo necessário (banheiros químicos, segurança, trânsito, ambulâncias) e apenas isso como participação do poder público.
Devemos lembrar ao prefeito gente boa que essa promessa pode estar infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O prefeito de Caxias, José Camilo Zito (PSDB), quando proibiu a parada Gay no município, em seus argumentos disse estar preservando a maioria das pessoas e das famílias de cenas fortes e para muitas até mesmo situações desagradáveis em público. E ele não está errado, pois nesses desfiles liberados existem excessos para a maioria das pessoas, mesmo que seja comum, corriqueiro, entre os que desfilam e gostam do que fazem
Essas Paradas deveriam ser realizadas em locais específicos, em circuito fechado como o Sambódromo, pois estaria lá quem gosta e quem participa. Lá dentro poderiam ter total liberdade de fazer do desfile as cenas mais exóticas que lhes convier. Ou seja, vai quem quer, participa quem quer e ninguém pode reclamar. E isso não é discriminação é maior liberdade para o movimento soltar a imaginação sem desagradar ninguém. Quem não quiser ver ou participar, não vá lá!
O problema maior é que querem NA MARRA e A FORÇA, ter o movimento inserido na sociedade como natural, uma atitude cotidiana, comum e corriqueira e não é assim. Não deve ser assim, pois dessa maneira só vão mesmo angariar antipatia e o desprezo social de quem não é contra, mas acaba sendo obrigado, forçado, a conviver com essa situação.
2 de nov. de 2009
|
|