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1 de ago. de 2009

Conselho Federal de Psicologia pune psicóloga que oferecia ‘cura’ para gays

BRASÍLIA - O Conselho Federal de Psicologia decidiu nesta sexta-feira (31) aplicar uma censura pública como punição à psicóloga Rozângela Alves Justino, que oferecia terapia para que gays e lésbicas deixassem de ser homossexuais.
De acordo com a decisão, ela infringiu o Código de Ética da Psicologia e uma resolução do conselho, de 1999, segundo a qual a “homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. Segundo o Conselho Federal de Psicologia, Rozângela demonstrou tratar a homossexualidade como uma doença ao oferecer terapia para que gays passassem a ser heterossexuais.
Em 2007, uma ONG de defesa dos direitos de homossexuais, sediada em Nova Iguaçu, entrou com um representação no Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro pedindo a cassação do registro profissional da psicóloga. O conselho decidiu por uma censura pública. A psicóloga recorreu, então, ao Conselho Federal de Psicologia, que manteve a punição. A censura vai ser divulgada em jornais e no Diário Oficial da União.
O outro lado
Rozângela Justino confirmou ao G1 que considera o homossexualidade um distúrbio, provocado principalmente por abusos e traumas sofridos durante a infância. Ela atua como psicóloga há 28 anos e diz ter "aliviado o sofrimento" de vários homossexuais.
“Estou me sentindo amordaçada e impedida de ajudar as pessoas que, voluntariamente, desejam largar a atração por pessoas do mesmo sexo", disse Rozângela.
O advogado da psicóloga, Paulo Fernando Melo Costa, disse que vai recorrer da decisão na Justiça, já que não cabem mais recursos administrativos.
Associações que atuam em defesa dos homossexuais comemoraram a decisão."Uma psicóloga não pode aplicar princípios religiosos nos tratamentos que oferece como profissional. Por isso, fizemos um abaixo assinado para que o conselho mantivesse a censura pública", disse Léo Mendes, da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Fonte: Imirante
Editorial: Essa decisão não deixa de ser uma injustiça. Se Rozângela trata de pessoas que desejam ter uma mudança de vida, nada mais justo e legítimo.
Até porque, o fato da homossexualidade ser doença ou não - a definição é irrelevante, a verdade é que as pessoas buscam mudanças, se é de livre e espontânea vontade elas devem ser atendidas.
Quem é o CRP ou mesmo Grupos Gays organizados para influir e definir a decisão pessoal de cada um? Isso, sim, é arbitrariedade ditatorial, inconcebível num país de Estado de Direito Democrático.