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19 de set. de 2011

Em Honduras, mais um membro da resistência é assassinado

Um grupo de pistoleiros assassinou, nesta quinta-feira (08), em Porto Cortés, norte de Honduras, o comunicador Medardo Flores, membro da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) e trabalhador de uma emissora de rádio. O crime aconteceu um dia depois do assassinato de Emmo Sadloo, animador e personagem simbólico da resistência popular.
Flores era militante do movimento Bloque Popular (que integra a FNRP) e trabalhava na Radio Uno, de San Pedro Sula. Converteu-se no 15° jornalista a ser assassinado nos últimos 18 meses em Honduras. O não esclarecimento desses casos e a impunidade tornaram Honduras um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo.
A morte de Flores ocorreu um dia depois a de Emmo Sadloo, um hondurenho de origem indiana que foi assassinado em sua casa, onde tinha uma borracharia. Segundo os médicos do Hospital Escola, situado na capital hondurenha, Sadloo apresentava cinco impactos de bala, um deles localizado na cabeça e o resto no tórax.
O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, condenou, na quarta-feira (07), o assassinato de Emmo, que o acompanhou quando se refugiou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, e exigiu que o governo esclareça o “crime político”.
Centenas de pessoas acompanharam o corpo de Emmo até o cemitério, em uma carreata que praticamente paralisou Tegucigalpa.
Policial infiltrado
Durante o velório de Emmo, na sede do Colegio de Profesores de Educación Media de Honduras (Copemh), militantes capturaram um policial infiltrado. Segundo a imprensa local, Arturo Ardón Sánchez levava um documento que comprovava que pertencia ao departamento de inteligência da polícia. O policial foi salvo do linchamento por procuradores de Direitos Humanos que se encontravam no local.Fonte: Brasil de Fato/Vermelho