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8 de abr. de 2017

EUA: Uma jogada de marketing


O Presidente americano Donald Trump fez uma jogada de marketing na qual ele foi o grande beneficiário. Veja só: Algum grupo – dos muitos que lutam na Síria, inclusive a CIA – jogou bombas e matou civis com armas químicas em uma pequena aldeia. As imagens correram o mundo e geraram revolta.
Num ato de resposta, Trump se mostrou sensibilizado com o drama, mandou bombardear a base militar Síria de onde teria partido o ataque. Isso mesmo, a culpa caiu no governo de Bashar Al Assad, embora muita gente, inclusive no partido do presidente americano duvidam que tenha sido ele.

O bombardeio da base teve uma característica estranha: Os americanos avisaram aos russos – que tem uma base lá perto – que haveria o bombardeio em uma hora. Lógico que os russos, aliados dos sírios, avisaram na base. Os militares daquele país tiveram uma hora para tirar o que foi possível da instalação que ficaria muito destruída, mas sem deixar vitimas.

Com essa ação Trump aliviou as suspeitas de que foi eleito com apoio de hakers russos. Também melhorou a sua imagem junto a países da Europa. Demonstrou “sensibilidade” ao drama internacional, mas que antes ele teria dito “não se meter em situações internacionais, vai focar nas situações internas.”

Os russos vão fazer a parte deles: se mostrar indignados, espernear, fazer critica, etc. Mas não vai passar disso, faz parte do jogo. Eles também querem demonstrar distanciamento do governo americano, para não dar pistas da amizade entre Putin e Trump. Até porque, o povo russo pode não fica satisfeito com a amizade entre eles.

O pior fica com a população Síria. Além da covardia da Arma Química em uma de suas aldeias, a guerra vai continuar. Todos indignados com a utilização química na aldeia, mas e as crianças, mulheres e idosos civis que morrem covardemente inocentes, com bombas, tiros, minas e outras formas? Nada mudou.

Os países que aplaudiram Trump, assim como o próprio EUA, não admitem receber refugiados civis fugidos do conflito. A ONU está desmoralizada e não tem força pra nada. De que adianta tanta indignação se não vão por fim ao conflito, se não vão salvar refugiados?



O bombardeio só serviu para o Trump. A ação foi apenas uma gota no oceano. Não deve fazer diferença no conflito, muito menos na vida dos sírios inocentes que vão continuar morrendo por tiros ou fome. Tudo não passa de uma grande jogada de marketing. (JCB).