Entra governo – seja municipal, estadual ou federal – e sai governo que o drama das cheias continua, provavelmente, porque atinge a maioria de moradores pobres e medianos. As ruas alagadas atingem e danificam os carros da classe média, destroem utensílios e matam pobres. Nenhum governante soluciona os problemas em locais que já são conhecidos de todos nas cidades.
É certo também que a população relaxa e deixa o lixo nas ruas, que depois caem nas bocas de lobo e entopem a tubulação do escoamento das águas. Também em relação ao lixo tem prefeituras que tratam a coleta dele com descaso, deixando acumular em pilhas nas calçadas.
Certamente há algum tipo de dividendo na questão dos alagamentos municipais, provavelmente governos lucram com a queda de pontes, cratera nas rodovias e ruas alagadas e pessoas perdendo tudo. É quando é decretado estado de calamidade, com isso recebem verbas para soluções paliativas e provavelmente terão obras sem a necessidade de licitação.
Caberia ao ministério público apurar se existe algum ganho financeiro com estas situações. Pois o relaxamento com ações de prevenção pode estar sendo uma forma lucrativa dos governos em prejuízo da população que acaba assumindo a reposição seu patrimônio destruído pela água, isso sem contabilizar a dos das mortes.

